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Gripe aviária, sintomas e perigo de contágio em humanos 705j5g

Gripe aviária, sintomas e perigo de contágio em humanos
[foto] - Muito cuidado com aves contaminadas pela gripe aviária.

26-06-2023 19:11:08
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EMBRAPA coloca o conhecimento do pesquisador Luizinho Caron, para explicar o que é a gripe aviária. São sintomas da doença a tosse, espirros, muco nasal, queda de postura ou na produção de ovos, alterações nas cascas dos ovos, hemorragias nas pernas e às vezes nos músculos, inchaço nas juntas das pernas ou na crista, falta de coordenação motora, diarreia e desidratação. Patos infectados com vírus de influenza altamente patogênico e que excretam o vírus, podem não apresentar lesões nem sintomas

 


230531 - 20:59 horas 

Entrevista com Luizinho Caron:
 
Quando surgiu essa

doença no mundo?

É uma doença já há muito conhecida cientificamente. Foi diagnosticada pela primeira vez em 1878, na Itália, como Praga Aviária. Em 1955 o vírus foi identificado como influenza A aviário.

Até então era uma doença que acometia aves. Quando

começou a ser transmitida também para humanos?

A ocorrência da gripe aviária em humanos, causada pelos vírus H5N1, só foi relatada pela primeira vez em 1997, em Hong Kong. Este "pulo" do vírus aviário diretamente a humanos se repetiu na Ásia e na Europa nos anos seguintes.

O que aconteceu é algo raro e acontece quando existe um contato muito próximo entre uma ave doente e uma pessoa - até hoje existem 862 casos no mundo com 455 óbitos. Já a transmissão do humano infectado por ave para outra pessoa, é extremamente raro, uma vez que os receptores para o vírus da influenza aviária se encontram apenas no fundo dos pulmões (brônquios e alvéolos).

Desde 1997 o mundo vem convivendo com uma aparente rápida evolução dos vírus de influenza; e, casos de novos vírus aviários de origem na Ásia vem ocorrendo em humanos, apesar de raros, com variados graus de gravidade da doença e mortalidade.

Novo vírus H1N1 humano causou a pandemia em 2008 e 2009 e teve origem em um vírus de influenza de suíno. Continha genes de vírus aviários e se manteve circulando em populações de suínos por um período indeterminado, até o momento que foi transmitido e se adaptou em humanos.

Qual vírus causa

a gripe aviária?

A gripe aviária é causada por um vírus classificado como orthomixovirus do grupo A, do tipo aviário.

Há três grupos de vírus de influenza: A, B e C. Estes três grupos ocorrem em humanos. Apenas o grupo A infecta diferentes espécies, animais e humanos.

Muitos dos vírus de influenza do grupo A são classificados como vírus do tipo humano, vírus de influenza de suínos, vírus de influenza equina e os vírus de influenza aviária. No entanto, alguns genótipos de vírus circulando em determinada espécie podem adquirir a capacidade de infectar outra espécie. Por exemplo, vírus de aves silvestres podem eventualmente ser transmitidos a aves domésticas ou mesmo, mais esporadicamente, a suínos.

Que aves são consideradas reservatórios

naturais do vírus de influenza aviária?

Diferentes subtipos de vírus de influenza são mais comumente encontrados em aves aquáticas, como gaivotas, maçaricos, trinta-réis, patos, cisnes, gansos, marrecos etc. Digamos que essas aves compõem o reservatório natural do vírus de influenza. Ou seja, podem ser portadoras do vírus e excretar o vírus pelas fezes, mas podem não desenvolver quaisquer sintomas da doença.

 

Galinhas e perus então não são

reservatórios naturais deste vírus?

As aves domésticas terrestres, tais como galinhas e perus, não são consideradas reservatórios dos vírus de influenza, mas são sensíveis à infecção por vírus transmitido por aves silvestres. Porém, galinhas ou perus que se recuperam da fase aguda da doença ficam eliminando por semanas ou mesmo meses após o final dos sinais clínicos.

Patos domésticos e codornas têm tido papel importante como hospedeiros intermediários e reservatórios para a transmissão dos vírus de aves silvestres para galinhas e perus.

Que outras espécies de animais podem também

ser afetados pelo vírus da influenza aviária?

Além das aves silvestres ou domésticas, o vírus da influenza aviária pode ser esporadicamente encontrado em espécies de mamíferos marinhos, como os lobos e leões marinhos, focas, baleias e martas.

Em agosto de 2022, houve a notificação do primeiro caso de infecção pelo vírus da gripe aviária H5N1 de alta patogenicidade em um urso preto e, além disso, o vírus H5N1 asiático também foi isolado de felinos (como tigres, gato doméstico e leopardos), suínos e cães.

Como ocorre a transmissão do vírus

entre essas espécies de animais?

No ciclo natural do vírus ocorre primeiramente a transmissão viral entre as aves silvestres e destas para as aves domésticas. Eventualmente, pode acontecer a transmissão das aves para os suínos e dos suínos para humanos e de humanos para suínos.

Também eventualmente, sob condições bastante peculiares, pode ser registrada a transmissão do vírus aviário de aves domésticas ou de produção, diretamente para o ser humano envolvido no manejo das aves.

Nos suínos podem surgir combinações de genes dos vírus aviários com genes dos vírus que estejam circulando na população suína. Dependendo da adaptação dos novos vírus aos suínos pode haver transmissão do vírus do suíno para o homem e do homem para o suíno.

Como detectar se uma ave doméstica está

contaminada com o vírus da influenza aviária?

O principal sintoma da doença causada por subtipos de vírus altamente patogênicos, H5 ou H7, é a morte súbita, muito acima da mortalidade normal de aves no lote, podendo ser superior a 60% ou de até 80 a 100% das aves dependendo da patogenicidade do vírus. Nesse caso, será preciso urgentemente contatar um veterinário para fazer a análise clínica e a necropsia das aves para colheita de amostras para o diagnóstico.

Em caso de mortes muito rápidas, as aves podem não apresentar sintoma da doença.

Principais sintomas da gripe aviária em galinhas são: tosse, espirros, muco nasal, queda de postura ou na produção de ovos, ou alterações nas cascas dos ovos, hemorragias nas pernas e as vezes nos músculos, inchaço nas juntas das pernas ou na crista, falta de coordenação motora, diarreia e desidratação. Patos infectados com vírus de influenza altamente patogênico e que excretam o vírus podem não apresentar lesões nem sintomas.

O que fazer se houver suspeita da

doença em uma granja ou galinheiro?

Ao primeiro sinal da doença, procure o médico veterinário para fazer a análise clínica das aves. Comunique a suspeita ao Serviço Veterinário Oficial da região, que fará o trabalho de investigação e, se a suspeita for confirmada, desencadeará todas as medidas para conter o surto o mais breve possível.

Não vacine as aves, pois no Brasil não há ocorrência da doença e não há vacinas licenciadas no país.

A doença já chegou

perto do Brasil?

Sim, quase todos os países da América do Sul já registraram casos de influenza aviária, em aves silvestres e muitos também em aves industriais e de subsistência. No continente americano a doença também já chegou nos EUA, Canadá e México.

O que um criador deve fazer para

proteger suas aves da doença?

Não misturar aves de espécies diferentes no mesmo aviário, principalmente galinhas e frangos com aves aquáticas, como patos, marrecos, gansos ou pior ainda, com aves silvestres.

Na avicultura comercial, utilize apenas aves de linhagens comerciais, mesmo aves caipiras ou de criações de subsistência.

É preciso também cercar os galpões com tela. Essa é uma medida fundamental para impedir a entrada e contato direto com aves de vida silvestre.

Recomenda-se também evitar contato de galinhas com outras aves, especialmente outras espécies de aves domésticas, aves silvestres ou aves migratórias.

Se houver uma propriedade avícola com suspeita de influenza, não visite a propriedade.

E na hora de comprar aves, procure somente plantéis certificados ou registrados junto ao MAPA e não compre jamais aves ilegalmente e nem transporte aves sem autorização oficial de trânsito animal.

O que fazer se uma pessoa tiver

contato com aves suspeitas de infecção?

Ministério da Agricultura e Pecuária estabeleceu um Plano de Contingência para Influenza que prevê as ações exercidas por veterinários do serviço oficial do estado, município ou federal.

Em primeiro lugar, o produtor deve lavar bem as mãos e corpo após contato com as aves suspeitas.

Somente o Serviço Veterinário Oficial pode confirmar se a suspeita é fundamentada.

O produtor também deve contatar os serviços de saúde oficiais de agricultura e de saúde do município para orientações.

Nunca deixe pessoas estranhas entrarem na sua unidade produtora.

Se voltar a ter contato com as aves, use máscaras de proteção para evitar respirar o vírus excretado pelas aves nas secreções nasais, oculares, fezes, assim como a poeira do ambiente contaminado.

Deve-se evitar o contato entre lotes doentes e os não infectados. A eliminação e destino das aves afetadas, caso o diagnóstico seja confirmado pelo Mapa, estará a cargo da defesa sanitária animal. Além disso, a indenização será feita de acordo com as normas de cada estado.

O produtor não deve tomar qualquer medida por conta própria em virtude do risco de disseminação e, mesmo que raro, o risco de se contaminar com a doença.

Transporte de aves com influenza não é permitido na legislação de controle de focos da doença e o controle de suspeitas da doença deve ser supervisionado pelos Serviços Oficiais de Defesa Sanitária Animal. 

O risco de contaminação da

doença para o homem é alto?

É muito baixo, pois a influenza aviária não foi diagnosticada em aves domésticas no Brasil, até o momento. Além disso, não há evidências que sugiram que os vírus da gripe aviária possam ser transmitidos a humanos através da carne ou ovos devidamente preparados.

A maioria dos casos de contaminação de humanos no mundo foi de infecções esporádicas expostas ao vírus A(H5) através do contato com aves infectadas ou ambientes contaminados, incluindo mercados de aves vivas.

Alguns casos humanos de influenza A(H5N1) foram associados ao consumo de pratos feitos com sangue de aves cru e contaminados. Um outro a uma tentativa de reanimação de uma ave, através de respiração boca-boca. 

 

 

Fonte: EMBRAPA - Monalisa Leal Pereira
 

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